Nesta quarta-feira (27) os deputados Carlos Giannazi e Raul Marcelo, acompanhados do Sindicato dos Metroviários, realizaram uma visita ao pátio Jabaquara do Metrô, com o objetivo de investigar graves denúncias de improbidade administrativa.
Durante a visita, ambos flagraram um trem parado e completamente coberto. Foi averiguado que ele teria sido comprado no começo do ano passado, pelo valor de R$20 milhões de reais.
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Não se sabe o motivo exato pelo qual o trem se encontre encostado no pátio, porém ambos os deputados afirmaram que devem acionar o Ministério Público e o Tribunal de Contas do Estado para que seja feita uma rigorosa apuração desse caso.
No final do ano passado, a Promotoria acusou quatro ex-dirigentes do Metrô de São Paulo por improbidade: Sérgio Avelleda, Nelson Scaglione, Sérgio Brasil e José Jorge Fagali.
A acusação ocorre por conta de um suposto ato de improbidade administrativa na contratação sem licitação, em 2005, da MGE Equipamentos Ferroviários – uma das empresas apontadas como integrante do cartel metroferroviário que atuou em São Paulo entre 1998 e 2008, durante os governos de Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin.
O promotor também pediu condenação solidária dos acusados ao ressarcimento integral do dano material causado, correspondente à devolução integral de todos os valores despendidos pelo Metrô – cerca de R$7,3 milhões corrigidos.
“Não só se submeteu ao procedimento licitatório viciado. A ele concorreu e o fez de má-fé, esperando captar vantagem indevida. Evidente que auferiu lucro considerável proveniente dos cofres públicos, mas com desfecho de máculas insanáveis. No mínimo, assumiu o risco de arcar com a indubitável responsabilidade de ressarcir integralmente os cofres públicos, se e quando tivesse sua conduta descoberta”, afirmou o promotor de Justiça responsável pela ação, Otávio Ferreira Garcia, da 4ª Vara da Fazenda Pública da Capital.
Fonte: Democratize