Plano de demissão voluntária deixa metroviários apreensivos

O Metrô pretende reduzir o número de funcionários com a abertura de um Plano de Demissão Voluntária. O Sindicato dos Metroviários vê, porém, a medida como uma forma de sobrecarregar os trabalhadores da empresa e precarizar o atendimento ao público.

“Se hoje está ruim para a categoria, imagina com mais dispensas”, reclamou o diretor do sindicato Alex Santana.

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De acordo com o sindicalista, o quadro atual, com cerca de 9 mil funcionários, é pequeno para dar conta da demanda diária, de mais de 3,8 milhões de passageiros.

Pelos cálculos do sindicato, hoje o Metrô tem um déficit entre 900 e mil empregados.

“O usuário não imagina, mas atualmente tem funcionário que precisa sair da sala operacional para atender a população. Em várias estações há apenas uma bilheteria aberta e por aí vai”, afirmou Alex Santana.

A Secretaria dos Transportes Metropolitanos afirmou que os usuários do Metrô não serão afetados com o programa, uma vez que os funcionários que aderirem serão substituídos por outros para a prestação de serviços diretamente a quem usa o sistema.

O sindicato, entretanto, contestou a informação. “Praticamente a metade dos funcionários do Metrô está se aposentando ou próxima de atingir a idade para pedir o benefício”, afirmou o diretor.

Plano de Demissão Voluntária

Sobre detalhes do Plano de Demissão Voluntária, a secretaria disse apenas que o programa foi aprovado por todos os órgãos competentes e o projeto será encaminhado para consulta final da Procuradoria Geral do Estado.

A pasta não informou a expectativa de adesão nem o motivo da abertura do programa.

Recentemente, o secretário Clodoaldo Pelissioni disse, em entrevista, que os funcionários que aderirem ao programa terão três anos de plano de saúde.

“A falta de informação está gerando um clima de apreensão. Como a lei não permite demissão em massa sem motivos, tem gente achando que o Plano de Demissão Voluntária é uma forma de contornar a situação”, declarou Alex Santana.

Ele disse que o sindicato pediu uma reunião de esclarecimentos, mas até agora o Metrô não se manifestou.

* As informações são do jornal Diário de São Paulo

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