A Região Metropolitana de Curitiba deverá implantar até junho um sistema de pagamento de passagens de ônibus por aproximação do cartão de crédito ou de débito, sem necessidade de bilhete.
O sistema vai calcular descontos previstos pela rede de transportes, como o da interligação com linhas municipais, diz Lessandro Zem, presidente da Metrocard, que opera a bilhetagem na região.
Quem recebe vale-transporte, no entanto, não terá acesso ao sistema.
Desde agosto de 2015, já há um protótipo em operação: um cartão da Metrocard que pode ser usado no comércio com créditos pré-pagos.
A tecnologia já é aplicada na rede de transportes de Londres, afirma Gilberto Caldart, presidente da Mastercard para América Latina e Caribe. A empresa participou do desenvolvimento do sistema.
O modelo deverá ser levado a mais três regiões do país neste ano, mas os contratos ainda não foram assinados, segundo a Mastercard.
Ainda na região, a Urbanização de Curitiba, que controla as linhas municipais de Curitiba, vai lançar nas próximas semanas uma licitação para um sistema de identificação por biometria facial, para evitar fraudes.
A tecnologia já é usada por 220 mil isentos de cobrança.
“Os custos públicos vão cair. O fornecedor cuidará da atualização e da manutenção”, diz o presidente da Urbanização de Curitiba, Roberto da Silva Júnior.
O pagamento da contratada deverá ficar abaixo dos R$ 800 mil mensais hoje gastos pela Urbanização de Curitiba no sistema.
- R$ 35 milhões é a receita mensal bruta da Metrocard na Região Metropolitana
- R$ 3,70 é o preço mínimo da passagem
- 1,7 milhões são transportados pelas linhas municipais da Urbanização de Curitiba por dia útil
- 250 linhas de ônibus municipais