Motoristas do Uber prometem protestos nesta segunda-feira, dia 28

Motoristas do Uber fazem nesta segunda-feira, dia 28 de março, paralisação e manifestações contra a “exploração” do aplicativo da multinacional norte-americana de caronas pagas.

Estão na mira da manifestação a redução de 15% da tarifa e o aumento no número de motoristas, fatores que têm, segundo eles, reduzido os ganhos dos cadastrados.

Os organizadores esperam que 30% dos 10 mil cadastrados em todo Brasil deixem o aplicativo desligado das 5h de segunda-feira, dia 28 de março, até o mesmo horário de terça-feira, dia 29 de março. São esperadas adesões em São Paulo, Brasília, Belo Horizonte, Rio e Porto Alegre.

Na capital paulista, motoristas prometem estacionar os veículos na Praça Charles Miller, no Pacaembu, em ato similar ao já realizado pelos taxistas – contra a liberação do Uber na cidade. Outro grupo deve se reunir na Barra Funda, na frente da sede do Uber.

Um dos organizadores da paralisação, o motorista Alexandre Freitas, afirma que, com a queda da tarifa, é necessário trabalhar muito mais para ganhar a mesma coisa. O que ainda provoca mais custos de manutenção, diluindo o lucro.

Quem se cadastra no Uber fica com 75% a 80% de cada viagem. O restante vai para a empresa do aplicativo. A tarifa foi reduzida em novembro.

Nelson Bazolli, presidente da Associação dos Motoristas Parceiros das Regiões Urbanas, que reúne cadastrados do Uber, também apoia a paralisação. Nos cálculos da associação, o motorista tem que trabalhar de 15 a 18 horas para ganhar, por dia, o mesmo que recebia antes da mudança em 12 horas de serviço.

O Uber defendeu que os “motoristas parceiros continuam ganhando a mesma porcentagem” do valor das viagens. A empresa argumenta que estudos realizados com dados de 400 cidades mostram que a redução dos preços provocou aumento da demanda por carros. “Com isso os motoristas parceiros farão ainda mais viagens e continuam gerando tanta renda quanto antes, chegando até a ganhar mais.”

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