CET apresenta chamamento público para implantação do Cartão Azul Digital

A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) lança neste sábado (05/03) o chamamento público para credenciamento das empresas que farão a venda do Cartão Azul Digital por aplicativo de celular.

O chamamento ficará aberto por tempo indeterminado. Já o processo de credenciamento está dividido em duas fases. Na primeira, os interessados encaminham os documentos para análise. Na segunda fase, os aprovados apresentam a plataforma dos aplicativos que serão testados pelas áreas técnicas da CET. As empresas aprovadas poderão atuar de forma efetiva após a assinatura do Termo de Credenciamento.

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  • A venda do Cartão Azul Digital poderá ser realizada por mais de uma empresa habilitada. A CET não fará restrições, pois pretende atingir diferentes tipos de necessidade dos usuários de aplicativo por telefone móvel. “Serão vários aplicativos, assim como funciona com os táxis. E já temos contato com algumas empresas interessadas no projeto”, disse o secretário municipal de transportes, Jilmar Tatto.

    Com a nova tecnologia, os usuários poderão solicitar o tempo de permanência nas 38.921 vagas de Zona Azul existentes na cidade. Para isso, será necessário o registro da placa do veículo e a escolha da forma de pagamento: cartões de crédito, débito ou boleto bancário.

    O usuário também poderá revalidar o tempo de permanência na área de Zona Azul, bastando atualizar os dados do cartão de débito/crédito para pagamento. Se houver esquecimento, uma notificação de alerta será enviada por mensagem minutos antes do vencimento do prazo. “Além dessas formas de pagamento, o usuário também poderá pagar antes, ter um saldo para ir descontando conforme ele utiliza o aplicativo”, explicou Tatto.

    O valor de cobrança segue o mesmo praticado atualmente: R$ 5,00 a folha/cartão digital. Também estão mantidos os horários regulamentados para estacionamento: 30 minutos, 1 hora, 2 horas, 3 horas, 4 horas, 5 horas e 6 horas. A CET já estuda a aplicação da venda de período fracionado. Ou seja, o usuário poderá adquirir o tempo que julgar necessário para permanência no local.

    “Estamos trabalhando para que o usuário possa pagar apenas o tempo que ele fica na vaga. Se ele ficar 15 minutos, pagará 15 minutos. Mas essa é uma melhoria que ainda não vai ser implementada, porque primeiro estamos fazendo uma consulta com o Denatran com relação à sinalização vertical para o preço fracionado. Se é necessário modificar toda a sinalização vertical dessas áreas, já que elas são usadas na hora da fiscalização”, informou Tatto.

    Foto: Sidnei Santos

    Outra ação futura é a indicação da quantidade de vagas existentes em determinado local. O usuário, pelo aplicativo, conseguirá identificar, por exemplo, quantas vagas estão disponíveis na região do Parque da Aclimação, o que permitirá que ele programe o tempo de deslocamento e estacionamento.

    Processo de Migração

    A implantação do Cartão Azul Digital não substitui efetivamente a comercialização tradicional, ou seja, folhas e talões em papel. As plataformas de comercialização (Cartão Azul Digital e Folhas/Talões) vão coexistir até o estabelecimento dos pontos de venda eletrônicos na rede credenciada.

    Esta metodologia também beneficia aqueles usuários que não utilizam o celular de forma costumeira. Assim, basta localizar o posto de venda e solicitar o tempo de permanência no local desejado. Um chamamento público para essa finalidade será lançado em breve.

    ”Esse é um processo de migração. Não vamos acabar com a folhinha. Vamos acompanhar o ritmo do usuário na utilização do aplicativo”, comentou Tatto.

    Vantagens

    A aquisição pelo Cartão Azul Digital elimina a obrigatoriedade de afixação do cartão impresso no para-brisa do veículo no estacionamento rotativo escolhido. O agente de trânsito fará a conferência do pagamento pelo equipamento eletrônico de fiscalização.

    Com a implantação deste novo sistema, a CET também irá combater a evasão de receita pela comercialização ilegal das folhas de Zona Azul, que em 2015 chegou a R$ 53 milhões.

    Histórico da Zona Azul na cidade

    O estacionamento rotativo pago, denominado Zona Azul, foi criado em 30/12/1974, através do Decreto 11.661, com o objetivo de promover a rotatividade das vagas existentes, racionalizando o uso do solo em áreas adensadas, disciplinando o espaço urbano e permitindo maior oferta de estacionamento.

    A Operação Zona Azul teve início em 13/01/1975, com vagas situadas na Praça da Bandeira, Praça Dom José Gaspar e adjacências do Centro Velho de São Paulo. Em julho do mesmo ano, a cidade contava com 5.000 vagas.

    Hoje a Zona Azul opera 38.972 vagas, sendo 34.609 de Zona Azul Convencional, 1.564 vagas destinadas à Zona Azul Caminhão, 821 vagas para pessoas com deficiência e mobilidade reduzida, 1.899 vagas para idosos e 79 vagas de Zona Azul Fretamento, distribuídas em 63 áreas, da seguinte forma: Centro (29%), Oeste (27%), Norte (2%), Leste (25%) e Sul (17%).

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