Metrô deve romper mais contratos com consórcios responsáveis pelas obras da Linha 17-Ouro

A construção da Linha 17-Ouro do monotrilho, que ligará o Aeroporto de Congonhas à estação Morumbi da Linha 9-Esmeralda da CPTM, está prestes a sofrer mais uma rescisão de contrato. Desde dezembro as obras civis do monotrilho – a cargo das construtoras Andrade Gutierrez e da CR Almeida – estão paralisadas.

Se for suspenso, será o terceiro dos quatro contratos da Linha 17-Ouro a ser rescindido. Os outros dois – também formados pelas construtoras Andrade Gutierrez e CR Almeida, para construção de pátio e estações – foram sustados em janeiro, pela mesma razão. O único trecho da Linha 17 que está com obras civis em curso é o do consórcio TIDP (Tiisa e DP Barros), responsável por 7,6 quilômetros dos 17,7 quilômetros totais e por algumas estações.

O Metrô iniciou os trâmites para a rescisão desse terceiro contrato e está consultando as empreiteiras participantes da licitação como alternativa para continuar as obras. O segundo colocado foi o consórcio formado por Queiroz Galvão, OAS, Bombardier Transit e Bombardier Transportation Brasil.

Até agora, apenas uma das quatro empresas do consórcio CMI, responsável pelo fornecimento do material rodante e por parte das obras civis, manifestou interesse em concluir o contrato. Trata-se da empresa Scomi, da Malásia, responsável pela fabricação dos trens. As demais, Andrade Gutierrez e CR Almeida, responsáveis pela obra, e a MPE, parceira da Scomi, não teriam se manifestado. O valor do contrato com o consórcio é de R$ 542 milhões. As multas podem passar de R$ 100 milhões.

A Secretaria dos Transportes Metropolitanos de São Paulo, informa que a queda do ritmo das atividades começou em setembro de 2015. A pasta disse que faz reuniões com as empresas para solucionar conjuntamente os problemas.

No caso das rescisões feitas em janeiro, a secretaria está consultando as empreiteiras participantes da licitação para continuidade das obras. A estimativa é de que até o fim de fevereiro a situação esteja equacionada e os serviços sejam retomados em março.

* Com informações do jornal Valor Econômico

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