Greve dos funcionários da empresa Higilimp deixa estações da Linha 1-Azul do Metrô sem limpeza

O atraso no pagamento de funcionários da empresa terceirizada Higilimp levou à paralisação dos serviços de limpeza nas estações da Linha 1-Azul do Metrô que estão com os banheiros fechados desde o último sábado (6).

O Metrô iniciou o processo de rescisão contratual com a empresa Higilimp por abandono do serviço de limpeza das estações da Linha 1-Azul e informou que vai consultar a segunda colocada na concorrência, para ver se ela pode assumir o trabalho realizado até agora pela Higilimp. A coleta de lixo está sendo realizada, mas os sanitários poderão ficar fechados nos próximos dias. Nesta linha circulam 1,4 milhão de pessoas por dia.

A área possui dez banheiros internos, seis deles limpos por 420 funcionários da Higilimp. No Diário Oficial do Estado, consta um contrato da empresa com o Metrô no valor de R$ 33,7 milhões, assinado em janeiro de 2013, com prazo de vigência de 31 meses.

Na estação Santana, na zona norte de São Paulo, passageiros e vendedores que trabalham em quiosques no local reclamam de fortes odores e lamentam a falta de sanitários.

Os trabalhadores da limpeza reclamam de atrasos contínuos nos salários. No início do ano, uma paralisação já havia sido feita no Metrô, entre os dias 8 e 13 de janeiro, pela falta de pagamento de dezembro. Desta vez, o atraso atingiu o pagamento de janeiro, que deveria ter sido feito até o dia 6 deste mês.

“Já havíamos avisado o Metrô que isto poderia acontecer no começo. Essa empresa costuma atrasar os pagamentos, dá problema”, contou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Prestação de Serviços de Asseio e Conservação e Limpeza Urbana de São Paulo (Siemaco), Moacyr Pereira. De acordo com ele, os atrasos tiveram início no segundo semestre do ano passado. “Já fizemos mais de dez paralisações. Eles pagam, depois atrasam de novo”, explicou.

Campanha

O Sindicato dos Metroviários iniciou uma campanha solidária “SOS Trabalhadores da Higilimp”, confira aqui.

Fonte: O Estado de São Paulo

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