Seminário Urbanidade: Painel – Fiscalização

Quase todo motorista acha que existe muita fiscalização nas vias, mas os números provam o contrário. De acordo com estudos, para cada 10 mil multas cometidas, apenas uma é registrada pela fiscalização de trânsito. Outros dados também confirmam que as equipes de fiscalização são insuficientes para monitorar o comportamento dos motoristas em todo o Brasil.

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  • No país, três a cada quatro cidades não contam com equipes de fiscalização no trânsito. Num cenário de cerca de 5500 municípios, isso significa que menos de 1500 cidades fiscalizam seus motoristas e veículos, segundo informações do DENATRAN.

    De acordo com o órgão, o ideal seria a proporção de um agente para fiscalizar entre 1 a 2 mil veículos. Mas só a título de exemplo, o cenário na maior metrópole do país, São Paulo, é de 1850 agentes de trânsito para 8 milhões de veículos. Esse dado revela que cada agente fiscalizaria 4300 carros. Imaginem nos outros municípios.

    Se o olhar for para as rodovias federais, o país conta com 10400 policiais rodoviários para acompanhar uma frota de 82 milhões de veículos – isso representa um policial rodoviário para 8 mil carros. Em países como a Espanha, a fiscalização é muito mais intensa. São 3 mil carros para cada agente.

    Entretanto, para além dos números, quem cumpre a legislação não gostaria da fiscalização por qual razão; já que ela também é um pilar imprescindível para a segurança?

    Esses números e as questões como as colocadas acima, além de experiências modelos de fiscalização como a Operação Lei Seca, em Pernambuco, serão os temas do Painel “Fiscalização”, que abrirá os debates do Seminário Urbanidade, por uma mobilidade mais segura, nesta terça, dia 3/11, em Brasília, no Auditório do Correio Braziliense.

    As experiências revelam que onde a fiscalização é eficiente, a sociedade aprova e muda de comportamento, resultando em menos multas e mais segurança para todos, defende o ONSV (OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária).

    Esse painel de debates será coordenado pelo diretor-técnico do OBSERVATÓRIO, Paulo Guimarães, com a participação dos debatedores: Maria Alice Nascimento Souza, diretora da Polícia Rodoviária Federal; Coronel André Cavalcanti, coordenador-Executivo da Operação Lei Seca; por Silvio Médici, presidente-Executivo da ABEETRANS; e pelo coronel Marco Andrade, coordenador da Operação Lei Seca.

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