Paulistanos que trafegam pelas ruas de São Paulo nesta terça-feira (3) enfrentam trânsito acima da média ocasionado pela chuva fraca que cai em pontos isolados e de protestos na região central e leste da cidade.
Por volta das 12h30, a cidade registrava 60 km de morosidade – 6,9% dos 868 km de vias monitoradas. A média para o horário é 5,2 % (46 km), segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).
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O pico de congestionamento aconteceu por volta das 9h30 quando a cidade registrou 128 km de morosidade – 14,8% dos 868 km de vias monitoradas. O trânsito ficou bem acima da média para o horário, que é de 11,2% (98 km).
Os cinco maiores congestionamentos de 2015 no perído da manhã ocorreram nos dias 15 e 19 de junho, com 181 km e 175 km, respectivamente, devido às chuvas; em 22 de abril, somando 171 km com o retorno de feriado; em 24 de março, com registro de 168 km após vários acidentes; e em 24 de abril, com 165 km, também devido a batidas entre veículos. Já no período da tarde, o recorde do ano ocorreu no dia 25 de fevereiro, às 19h, devido a chuvas intensas, problemas em semáforos e árvores caídas.
Às 12h30, o órgão informou que as piores vias eram a pista central da marginal Tietê, sentido Castelo Branco, entre as pontes das Bandeiras e Piqueri com 7,8 km de lentidão. Na pista expressa da Tietê, a morosidade vai da ponte Imigrante Nordestino até a Jânio Quadros, com 6,1 km, sentido Castelo Branco. A Marginal Pinheiros, tinha 12,6 km de filas na pista expressa, sentido Rodovia Castelo Branco.
Os motoristas também encontravam retenção de 4,7 km na Radial Leste, sentido centro, do viaduto Pires do Rio até rua Wandenkolk. A pior região da cidade era a zona leste com 17 km de lentidão.
Além disso, o Viaduto Doutor Plínio de Queiroz, que passa sobre a Praça XIV Bis, no corredor da Avenida Nove de Julho, será exclusivo para ônibus. Os carros precisam desviar para a lateral e foram atendidos por técnicos da CET durante a manhã.
Maplink
O monitoramento da Rádio SulAmérica Seguros Trânsito/MapLink registrou, às 8h07 desta terça-feira, 631 km de vias congestionadas em São Paulo. Este é o maior índice registrado no período da manhã em 2015.
Tempo
Um dos motivos desse trânsito é reflexo da chuva fraca que caiu em partes isoladas da cidade nesta manhã. Ao longo do dia, o tempo deve permanecer fechado com curtos períodos com a presença de sol. A temperatura máxima deve ficar em torno dos 25°C.
De acordo com o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergência), da prefeitura, São Paulo já registrou até as 7h desta terça 73,1 mm de água. O órgão informa que há possibilidade para escorregamentos de encostas, quedas de muros e desabamentos de residências, em função do solo extremamente encharcado pelas chuvas dos últimos dias.
Manifestações
Além da chuva, os paulistanos enfrentaram congestionamento neste retorno de feriado prolongado devido aos protestos que acontecem na cidade. Um deles estava em frente à sede da Prefeitura de São Paulo, região central, onde um grupo de caminhoneiros protestava desde às 4h contra a criação de um documento eletrônico que vai obrigá-los a descarregar as caçambas em lugares definidos pela administração municipal.
A CET informou ainda que havia um protesto de caminhoneiros que ocupava uma faixa da rua Azurita, próximo ao estádio do Canindé. Mais cedo, um protesto reivindicando por moradia na avenida José Pinheiros Borges, próximo da Radial Leste, na altura da rua 2 de Dezembro, sentido centro, provocou a interdição da via. Por volta das 12h30, o ato já havia terminado.
Um outro protesto na Marginal Pinheiros, próximo à Ponte Eusébio Matoso, ocupou a pista expressa, sentido Interlagos.
Metrô
Além do trânsito carregado, a chuva causou redução de velocidade em três linhas do Metrô: 2-Verde, 3-Vermelha e 5-Lilás. Os trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), porém, funcionaram normalmente.
Rodovias
As estradas paulistas também tiveram tráfego intenso. A pior delas era a Rodovia Ayrton Senna, que das 7 horas às 9 horas registrava 15 km de congestionamento. Às 10 horas, a estrada já fluía melhor, com 5 km de lentidão.
Já a Rodovia Presidente Dutra, que é usada como alternativa por motoristas, não era uma opção muito melhor. Na pista local, ela chegou a registrar 9 km em diferentes pontos de parada.
Quem vinha do litoral encontrou dificuldades pelas Rodovias Anchieta e dos Imigrantes. Às 8 horas, elas registravam 11 e 12 km de engarrafamento, respectivamente. A chegada a São Paulo também estava ruim pela Rodovia Régis Bittencourt, que estava travada da região entre as cidades de Itapecerica da Serra e Embu das Artes, totalizando 11 km de filas de carros.
Na Bandeirantes, o problema maior era o acesso ao Rodoanel, que somou 8 km de lentidão. A Anhanguera fluía melhor na chegada à capital, mas o motorista encarava pontos de congestionamento na região de Campinas.