Avenida Paulista tem ato em defesa da Petrobras e contra o ajuste fiscal

Movimentos sociais pró-governo protestaram neste sábado (3) em São Paulo contra os pedidos de impeachment de Dilma Rousseff, mas também contra o ajuste fiscal promovido pela gestão da presidente.

Encabeçado pela CUT (Central Única dos Trabalhadores), pelo MST (Movimento dos Sem Terra) e pela UNE, o ato que reuniu cerca de 50 entidades teve como principais alvos figuras do PSDB, como o senador Aécio Neves (MG), e do PMDB, como o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e o presidente do Senado, Renan Calheiros.

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  • A passeata começou por volta das 14h na avenida Paulista e seguiu pela avenida Brigadeiro Luís Antônio em direção à praça da Sé, seu destino final.

    Historicamente ligados ao PT, os movimentos evitaram críticas diretas a Dilma, mas acusaram seu ministro da Fazenda, Joaquim Levy, de ser um representante de interesses dos banqueiros no governo.

    Segundo eles, o pacote de medidas de ajuste fiscal apresentado por Levy, que inclui cortes em programas sociais e adiamento de reajuste salarial, tenta equilibrar as contas federais onerando apenas os mais pobres.

    Em uma das poucas menções críticas à presidente, os manifestantes gritaram “Fora, Renan. Fora, Levy. Eu quero a Dilma que elegi”.

    Manifestantes e membros de entidades sindicais e movimentos populares se concentram em frente à sede da Petrobras na Avenida Paulista (Foto: Gabriela Gonçalves/G1)

    PETROBRAS

    Sob gritos de “o petróleo é nosso”, outra pauta da manifestação foi a “defesa da Petrobras”, que estaria “sob ataques da direita e das multinacionais”.

    Um desses ataques seria o projeto de Lei apresentado pelo senador José Serra (PSDB-SP) , que propõe que campos de petróleo do pré-sal possam ser explorados sem a participação da Petrobras, diferentemente do que estava inicialmente acordado.

    “Não foi o capital privado que investiu para descobrir o pré-sal”, gritou ao microfone Cibele Vieira, representante do SindPetro, dos trabalhadores da indústria petrolífera.

    “O dinheiro do petróleo tem que ir para a educação e a para descobrir novas formas de energia, não para o bolso das multinacionais”, defendeu.

    Os organizadores estimam que 8.000 manifestantes estiveram presentes. A Polícia Militar não divulgou estimativa.

    * Com informações do jornal Folha de São Paulo

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