Passarela em frente ao aeroporto foi inaugurada em 1974.
Obras emergenciais de escoramento estão sendo realizadas.
Laudo feito a pedido da Secretaria de Coordenação das Subprefeituras revela que a passarela Comandante Rolim Amaro, que passa sobre a Avenida Washington Luís e fica em frente ao aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, está “torta” e “pode cair”.
Foram identificados problemas na estrutura da passarela, que precisará de escoramento. Enquanto a passarela é interditada para reformas, será construída uma passarela provisória para a travessia dos pedestres, que deve ficar pronta em duas semanas.
Na manhã desta sexta-feira (11), funcionários da Prefeitura já trabalhavam no local.
Projetada pelo arquiteto João Batista Villanova Artigas e inaugurada em 1974, há mais de 40 anos, a passarela é tombada por dois órgãos de preservação do patrimônio histórico e por isso nunca foi reformada. O Ministério Público, na época, alegou que as obras descaracterizariam a passarela e atenderiam a interesses comerciais na região.
A passagem tem como principais reclamações a péssima iluminação, falta de corrimão em alguns pontos e áreas com infiltração e ferrugens.
Histórico
No ano passado, o Ministério Público alegou que as obras para a passagem descaracterizariam a passarela e atenderiam a interesses comerciais na região.
Em março de 2014, decisão judicial determinou que a Prefeitura e uma Associação de Amigos da Passarela fechassem um acordo para a solução definitiva dos problemas e apresentassem um projeto para a construção de uma nova passarela.
Além de não haver elevador ou rampa que permita o acesso de cadeirantes ou pessoas com dificuldade de locomoção, como alguns idosos, a passarela que deveria facilitar o acesso dos pedestres não tem iluminação – nem corrimão em alguns pontos – e apresenta áreas com infiltrações e ferrugens.
Segundo a Subprefeitura de Santo Amaro, responsável pela região, a Prefeitura tem desde 2008 um projeto de revitalização da área, que é tombada pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp).
Ele ainda não tinha sido levado adiante devido a um inquérito do Ministério Público que investiga o projeto. Segundo o promotor de Habitação e Urbanismo José Carlos de Freitas, a reforma – em parceria com a Associação Amigos da Passarela (Aspa) – prevê a cobertura da passarela, descaracterizando-a, e sua ampliação, com acesso direto ao hotel Íbis e ao saguão do aeroporto.
Fonte: G1 São Paulo