Para a expansão do Metrô de São Paulo, o buraco está cada vez mais distante do solo. Depois dos 36 metros de profundidade da estação Pinheiros, os trens da linha 5-Lilás vão passar 60 metros abaixo do asfalto no trecho da estação Santa Cruz, na qual será feita a integração com a linha 1-Azul, e uma nova plataforma será construída embaixo da já existente.
“Interdições nos fins de semana serão necessárias”, diz Walter Castro, diretor de Engenharia do Metrô. Será preciso fazer uma expansão do embarque no sentido centro para dar vazão à demanda.
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Esse é um dos detalhes sobre a expansão do Metrô, na série de reportagens especiais “Metrô Ponto a Ponto”, da Rádio Bandeirantes, que foi ao ar durante toda esta semana.
Mas não é só por baixo da terra que o Metrô avança. Enquanto os “tatuzões”, máquinas alemãs, escavam o buraco no subsolo para a linha 5-Lilás, guindastes erguem pilares de 18 metros de altura – o equivalente a um prédio de seis andares – em canteiros centrais de avenidas duplicadas para a passagem do monotrilho. O modal de transporte foi escolhido para as linhas 17-Ouro, na zona sul, que vai ligar o Aeroporto de Congonhas à linha 1-Azul e à 4-Amarela, e para a 15-Prata, na zona leste, que deve chegar ao bairro de Cidade Tiradentes.
O urbanista Moreno Zaidan afirma que “normalmente o monotrilho é usado como meio de transporte em locais fechados, como aeroportos e parques de diversões”.
Uma das preocupações de especialistas é que o modelo escolhido não seja capaz de absorver a demanda reprimida de algumas regiões como a própria Cidade Tiradentes, por exemplo. “Em São Paulo, linhas já nascem superlotadas”, diz o consultor em transportes Horácio Figueira.
Sistema para aumentar viagens no Metrô de São Paulo passa por testes
O metrô de São Paulo transporta quatro milhões de usuários por dia. Atualmente a cidade possui 67 estações distribuídas em seis linhas. O perfil Usuários Metrô SP no Twitter conta como a ajuda dos usuários para divulgar como está a situação de cada linha no momento.
Obras das linhas 5-Lilás e 4-Amarela estão atrasadas
Na última semana, o governador Geraldo Alckmin afirmou que passará a Linha 5-Lilás do Metrô, entre elas a estação Brooklin, para a iniciativa privada. Das dez estações desta linha que serão feitas, nove delas serão entregues em 2017.
Obras atrasadas provocam congestionamento e prejuízos
Interdições por conta das linhas de metrô da zona Sul têm provocado congestionamento para motoristas. Especialistas afirmam que apenas as novas linhas não darão conta da demanda e que algumas delas já vão ser inauguradas superlotadas.
Monotrilho só liga duas estações e funciona até as 14h
A Linha 15-Prata do Metrô é a mais afastada da rede metroferroviária de São Paulo. Porém, quando ficar pronta, deve atender uma parcela da população da Zona Leste até então reprimida. Oito estações desta linha do monotrilho tem previsão de entrega para dois anos.
Concessões com empresas privadas desafogam sistema público
As estações da Linha 4-Amarela foram construídas pelo Metrô, mas desde que foram inauguradas são operadas pela iniciativa privada. A Linha 6-Laranja, que ligará a Brasilândia a São Joaquim, por sua vez, tem previsão de inauguração para 2020.
Fonte: Grupo Bandeirantes