Um homem foi baleado por um motorista de ônibus na região do Jardim Paulista, zona oeste de São Paulo, na madrugada desta segunda-feira (31).
A briga teria começado no interior do ônibus, quando ao menos cinco passageiros se recusaram a pagar a passagem. Eles discutiram com o cobrador e o motorista.
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O motorista, José Marconi da Silva Santos, tentou fugir mas foi localizado por policiais em uma rua próxima do local do crime. Com ele, a polícia encontrou um revólver calibre 38.
Segundo a polícia, o revólver foi registrado anos atrás, mas os documentos estavam vencidos. No boletim de ocorrência, consta que o condutor confessou ter atirado no passageiro – ele alegou legítima defesa.
Segundo a Polícia Militar, Santos parou o veículo na avenida Brigadeiro Luís Antônio, próximo à rua Honduras. O ônibus da linha 5111/10 seguia do terminal Santo Amaro ao terminal Parque Dom Pedro 2º.
A discussão continuou e o motorista atirou contra um dos passageiros. Joaldo Santos de Jesus, 43, foi socorrido ao Hospital das Clínicas. Até as 17h, ele permanecia internado na UTI em estado grave.
Santos, funcionário da concessionária Campo Belo, foi detido por tentativa de homicídio.
Segundo a SPUrbanuss (Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo), o motorista está sendo acompanhado pelos setores de recursos humanos e de operação da Campo Belo. “O empregado está há mais de 10 anos na empresa e tinha boa conduta, como operador. A empresa lamenta o ocorrido, acompanha o estado de saúde da vítima e aguarda a apuração policial para tomar as devidas providências”, informa nota divulgada pelo sindicato.
A organização afirma ainda que todos os motoristas passam por treinamentos a cada seis meses e recebem acompanhamento psicológico “quando se envolvem em acidentes”.
A SPTrans, empresa do transporte municipal, informou em nota divulgada pela assessoria de imprensa que acompanha a investigação e que, quando recebe uma denúncia “de que um operador está armado durante o trabalho, aciona a Polícia Militar para tratar da questão”.
Fonte: Folha de São Paulo