Comerciários pedem garantia de emprego em protesto no Centro de SP

Na Rua Barão de Duprat, lojistas pediram manutenção de postos de trabalho nas regiões Bom Retiro, Brás e da 25 de Março; sindicato tem realizado 12 mil homologações por mês

Lojistas e funcionários do comércio realizaram nesta quarta-feira uma manifestação em defesa do emprego na Rua Barão de Duprat, no Centro de São Paulo. São Paulo, em defesa do emprego. O ato, batizado de “Comércio em luto”, foi liderado pelo Sindicato dos Comerciários de São Paulo e teve o apoio da União Geral dos Trabalhadores (UGT).

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  • A manifestação teve início às 11h e terminou por volta das 12h30. Em frente à loja Arco-íris, que encerrará suas atividades no fim do mês depois de 66 anos, foi colocada uma lápide com os dizeres “Comércio em luto”. Empresários e representantes do setor pediram a garantia dos postos de trabalho nas regiões do Brás, Bom Retiro e 25 de Março. Segundo a Associação de Lojistas do Brás, 102 lojas foram fechadas na região de janeiro a maio. No Bom Retiro, 25 lojas encerraram suas atividades no período, de acordo com a Câmara de Dirigentes Lojistas.

    “Esse ato é um alerta para o Brasil. Temos feito 12 mil homologações por mês, o que indica que quase 150 mil vão perder o emprego neste ano”, afirmou Ricardo Patah, presidente do sindicato que representa o setor. “O que está sendo feito contra o comércio é uma verdadeira guerra contra o trabalhador. Não há segurança nem para o empresário e nem para o consumidor”, disse.

    Patah também afirmou também que a crise, além de cortar postos de trabalho, também tem incentivado a informalidade. “Hoje o comércio virou uma guerra de ninguém; é uma concorrência que vai enterrar todo mundo. Estamos criando uma campanha de respeito ao trabalho e ao emprego legal”, disse.

    Arco-íris

    Pioneira no ramo de meias, lingeries e malhas, a loja de três andares Arco-Íris, ponto de encontro do ato, irá fechar suas portas no próximo dia 31, depois de 66 anos de existência. O comércio, que já chegou a ter 50 funcionários, hoje conta com 17, que logo mais irão perder o emprego. “É muito triste, pois trabalho aqui há 40 anos”, diz o vendedor Donizete Diniz, de 60 anos. “Mas não tinha saída. Neste ano, o movimento caiu pela metade”, diz.

    Fonte: O Estado de São Paulo