Acidente com idoso aconteceu na faixa de ônibus, diz ciclista

O ciclista Gilmar Raimundo de Alencar, 45, que atropelou de bicicleta Florisvaldo Carvalho da Rocha, 78, na ciclovia da avenida General Olímpio da Silveira, afirmou que acidente aconteceu na faixa de ônibus, logo antes do acesso à ciclovia.

Alencar disse que seguia na avenida, no sentido Pacaembu, em velocidade de cerca de 20 km/h pela faixa de ônibus até alcançar o acesso à ciclovia sob o Elevado Costa e Silva, conhecido como Minhocão.

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Rocha estava prestes a atravessar rua e não viu a bicicleta se aproximar. O acidente aconteceu na última segunda-feira (17). Ele teve politraumatismo, trauma cranioencefálico grave, e, segundo a Santa Casa de São Paulo, morreu no mesmo dia.

O filho mais velho de Rocha, Eduardo Carvalho Rocha, 39, disse que o pai estava na ilha de pedestres, prestes a atravessar a rua, quando foi atropelado por Alencar. Segundo o filho, o pai conhecia bem o local e também era bem conhecido. “É um lugar com pilastras, falta sinalização, apesar de ser um bairro de pessoas idosas. A gente sabe que a população brasileira está envelhecendo e você não tem nada para orientar essas pessoas. Só colocaram a faixa de pedestres e pronto, não fala nada, não orienta ninguém.”

Este é o segundo caso de atropelamento em ciclovias da cidade em três dias (no outro, um garoto de 9 anos morreu após ser atingido por um micro-ônibus). O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira (19) que irá acompanhar de perto o inquérito que será aberto para apurar a morte Rocha.

Alencar afirma que o idoso estava desacordado e com o nariz sangrando. Segundo ele, o socorro demorou cerca de 40 minutos para chegar ao local.

O administrador de fazendas afirma que só soube da morte de Rocha quando foi ao seu prédio, em frente ao local do acidente, na tarde desta terça (18), e que pretende dar o máximo de apoio à família. Alencar teve ferimentos leves e deve fazer exames de corpo de delito ainda nesta quarta.

Ele diz que usa a bicicleta como meio principal de transporte há cinco anos e faz o mesmo trajeto há dois – do bairro Belém, onde mora, até a região de Perdizes, onde trabalha –, antes da criação da ciclofaixa no local. Ele foi trabalhar de bicicleta nesta quarta e diz que não pretende parar de pedalar.

Fonte: Folha de São Paulo

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