OAB quis ‘criar fato’ com ação sobre velocidade das marginais, diz Haddad

Prefeito disse que propôs enviar estudo para entidade antes de ação.
OAB questionou novas velocidades das marginais em 21 de julho.

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, disse na manhã desta quarta-feira (29) que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de São Paulo quis “criar um fato” quando entrou com ação civil pública contra a redução das velocidades das marginais.

“Queriam criar um fato. Se tivessem interessados nas informações teriam recebido as informações, eu me dispus a informá-los, mas eles se recusaram”, afirmou.

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A OAB entrou com ação no dia 21 de julho, pedindo à Justiça que determine que a Prefeitura retorne as velocidades anteriores. Haddad tem até esta quinta-feira (30) para explicar novos limites da velocidade à Justiça.

A declaração foi dada após cerimônia de assinatura de termo de cooperação entre a prefeitura e o Ministério Público para o Enfrentamento à Violência contra a Juventude.

Questionado sobre o custo de R$ 189 milhões com os acidentes das marginais em três anos, Haddad disse ser um “custo social”. “Não é custo para os cofres públicos. São os danos materiais, os danos físicos quando há vítima, fatal ou não, mas há danos a serem considerados. Perda de tempo, em função de engarrafamentos. Tudo isso está considerando”.

Sobre as críticas que têm recebido de que os estudos enviados à OAB fossem baseados em fatos antigos, o prefeito disse que as mesmas críticas foram feitas às ciclovias e “todos os argumentos apresentados contra a municipalidade foram desconstruídos pelo poder judiciário”.

Ele ainda disse estar seguro sobre os estudos da CET sobre a redução de velocidade das marginais. “A CET tem décadas de experiência, tem mais conhecimento do que qualquer outro órgão, é o trabalho dela. Decisões técnicas são embasadas tecnicamente. Estamos absolutamente seguros em relação a isso”.

* Com informações do G1