Novo limite de velocidade nas marginais pode ser revisto, diz Haddad

O prefeito Fernando Haddad (PT) disse nesta terça-feira (21) que a redução da velocidade das marginais Tietê e Pinheiros é uma “experiência” e pode ser revista. A declaração foi dada durante entrevista à Rádio Estadão direto do Vaticano, na Itália, onde Haddad se encontrará com o Papa.

“Vamos divulgar os resultados porque o que interessa é a transparência. A sociedade vai acompanhando e depois vai poder ou consolidar essa política ou eventualmente rever se for o caso”, afirmou.

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  • A redução da velocidade das marginais foi implantada nesta segunda (20) e já gerou bastante polêmica. O Ministério Público (MP) abriu inquérito para apurar a redução de velocidade e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pretende entrar com ação civil pública na Justiça contra a medida adotada pela Prefeitura.

    Tanto na Tietê quanto na Pinheiros, a velocidade máxima permitida caiu de 90 km/h para 70 km/h nas pistas expressas, de 70 km/h para 60 km/h nas centrais; e de 60 km/h para 50 km/h nas pistas locais. No caso de ônibus e caminhões, a velocidade limite nas pistas expressas será 60 km/h.

    Leia também: Nova velocidade nas marginais não impactou trânsito, diz diretor da CET. http://bit.ly/1IeCjel

    Segundo o prefeito, o objetivo da medida é diminuir o número de acidentes e melhorar a velocidade média dos veículos. “Essa é uma experiência que está sendo testada, já foi realizada em várias cidades do mundo, é uma tendência internacional: Nova York, Paris, Roma, pra citar três exemplos, estão adotando essa forma de enfrentamento e é bastante lógico pelo menos experimentar, verificar como pela diminuição da velocidade máxima se consegue uma velocidade média maior e ter menos acidentes. Assim você garante que as faixas de rolamento fiquem livres por mais tempo, impedindo um trânsito que é causado em geral por acidentes graves e fatais”, afirmou à Rádio Estadão.

    Haddad declarou que a administração pública vai acompanhar a evolução do número de acidentes e ver se os resultados são compatíveis com que se obteve em outras cidades do mundo. “É quase uma obrigação da CET [Companhia de Engenharia de Tráfego] preservar vidas e ao mesmo tempo melhorar a fluidez do trânsito”, disse.

    Fonte: G1