Estrada fica perto de avenida onde condutor de coletivo morreu na sexta.
Policial militar confundiu vítima com assaltante e disparou na sexta.
Funcionários de uma cooperativa de ônibus protestaram na tarde deste sábado (25) na Estrada do Iguatemi, Zona Leste de São Paulo, fechando totalmente a via. Na noite de sexta-feira (24), na região, um motorista morreu baleado por um policial militar que o confundiu com um assaltante.
Segundo a Polícia Militar, o ato começou por volta das 14h40 e fechou a via na altura do número 1.300. Pelo menos 10 coletivos bloquearam a estrada, que fica perto da Avenida Ragueb Chohfi, no Jardim Pedra Branca, Cidade Tiradentes. A via foi onde o motorista morreu.
No início da noite, os manifestantes seguiram até a Rua Sara Kubitschek, onde dispersaram.
Crime
Quatro homens entraram em um ônibus por volta das 19h30 e começaram a assaltar os passageiros. Em seguida, os ladrões desceram do veículo, mas um deles retornou e tentou pegar a bolsa de uma mulher. Ela viu que o criminoso não estava armado e reagiu. Outros passageiros tentaram ajudá-la, houve confusão dentro do veículo.
O policial militar atirou na direção do grupo, atingindo os motoristas Carlos Roberto Garcia de Aquino, que morreu, e Nilson Ferreira de Pinho Júnior, que ficou ferido. Ele teve o pulmão perfurado e foi internado num hospital de Cidade Tiradentes.
O advogado João Carlos Campanini, que defende o policial, diz que os tiros foram direcionados para o suspeito e acabaram acertando as duas vítimas. “O rapaz que acabou fugindo se virou para ele, estava bem agressivo, ele [policial] acabou atirando e acertou duas pessoas”, contou. Segundo o advogado, antes dos disparos houve uma briga generalizada e o policial relatou que não conseguia identificar quem era vítima e quem era criminoso.
O PM, que não teve o nome divulgado, foi detido e levado ao 49º Distrito Policial, em Cidade Tiradentes, onde foi indiciado por homicídio culposo, sem intenção de matar, e lesão corporal culposa. Segundo a corporação, ele foi encaminhado ao Presidio Militar Romão Gomes.
Fonte: G1