Com um ano e três meses de atraso, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) inaugura nesta sexta-feira, 26, os últimos 5 quilômetros do Trecho Leste do Rodoanel, ligando as Rodovias Ayrton Senna e Dutra. Iniciada em 2011, a construção dos 43,8 quilômetros que conectam as duas vias ao Trecho Sul do anel viário, em Mauá, deveria ter sido concluída em março de 2014 pela concessionária SPMar, mas foi entregue incompleta (até a Ayrton Senna) em julho do ano passado.
A finalização da terceira e penúltima alça do Rodoanel até a Dutra (o Trecho Norte está previsto para junho de 2017) fará com que, pela primeira vez, as dez principais estradas que desembocam na Grande São Paulo (Anhanguera, Bandeirantes, Castelo Branco, Raposo Tavares, Régis Bittencourt, Imigrantes, Anchieta, Ayrton Senna, Dutra e Fernão Dias) estejam interligadas. No caso da Fernão Dias, o acesso pode ser feito pela Dutra até a conclusão do Trecho Norte do Rodoanel.
Segundo a SPMar, a entrega do percurso até a Dutra permitirá que mais de 19 mil caminhões que estão só de passagem por São Paulo possam chegar a outras rodovias sem precisar entrar na cidade, aliviando o trânsito, principalmente das Marginais do Tietê e do Pinheiros. Estima-se que o tempo de viagem entre o Porto de Santos e o Aeroporto de Guarulhos fique 30% menor a partir de agora.
A concessionária disse que o atraso na entrega da obra (que custou cerca de R$ 3,6 bilhões) deveu-se principalmente à demora na aprovação do entroncamento da alça com a Dutra, em Arujá, pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), responsável pela área.
Pedágio – Com a conclusão do Trecho Leste, motoristas que trafegam pela Dutra, no sentido Rio, e quiserem entrar no anel viário estadual terão de pagar pedágio de R$ 2,70 para a CCR Nova Dutra. Será o segundo pedágio para entrar no Rodoanel – um já funciona na praça da Rodovia dos Imigrantes, no acesso ao Trecho Sul, que também é administrado pela SPMar. Ao todo, o Trecho Leste terá seis praças de pedágio, com tarifa de R$ 2,10, mas o início da cobrança ainda será definido pela agência reguladora.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.