Secretário Clodoaldo Pelissioni diz que a greve é ilegal e a CPTM acionará a Justiça do Trabalho

Foto: SindPaulista

Segundo o secretário dos Transportes Metropolitanos do governo de São Paulo Clodoaldo Pelissioni, em entrevista na manhã desta quarta-feira (3/6) à Rádio Estadão, a greve pegou a secretaria de surpresa, pois estão em plena negociação com a justiça do trabalho para buscar acordo com os funcionários. Ontem tiveram outra reunião e, na conclusão da ata, o juiz determinou que funcionários não poderiam fazer outra paralisação até a próxima reunião no dia 11, quinta-feira.

Ainda segundo Pelissioni, a orientação do governo de São Paulo é repor perdas salariais por causa de inflação. Em seguida, também foram feitas propostas de melhorias, com 1,5% de ganho real. “Neste momento de crise econômica, esta é uma proposta bastante positiva, mas infelizmente ainda não houve acordo”, disse o secretário.

Segundo o secretário, neste momento a greve é ilegal e a secretaria e a CPTM devem acionar a justiça do trabalho.

O sindicato pede 10% de aumento real no salário.

“Pelas nossas contas, estamos conseguindo operar dois terços do sistema. Portanto, um pouco mais de 900 mil pessoas estão sendo atendidas normalmente. Estimamos que 500 mil pessoas foram afetadas diretamente por esta greve”.

“Quando soubemos da decisão dos sindicatos, por volta das 20h30 de ontem, nós procuramos informar o mais rápido possível o maior número de meios de comunicação, para que informação chegasse aos usuários”, disse o secretário dos Transportes Metropolitanos do governo de São Paulo Clodoaldo Pelissioni, em entrevista à Rádio Estadão. Ele informa ainda que, em Francisco Morato, houve um cidadão que incitou o derrubamento dos muros e ele está detido. A Polícia Militar precisou usar bombas de gás lacrimogênio para conter o princípio de confusão, mas, ainda segundo o secretário, foi um incidente isolado e sem problemas posteriores.

Segundo o secretário, foi solicitado aos sindicatos que eles retornem aos postos de trabalho para não gerar novos problemas no retorno do trabalho da população.”Também nos comunicamos com as diversas prefeituras da Grande São Paulo para o aumento do número de ônibus para servir essa população, em substituição aos trens. E aumentamos o efetivo de ônibus das linhas da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU)”, disse Pelissioni.

Ainda de acordo com o secretário, no início da manhã houve dificuldade para repor o efetivo de bilheteiros, o que gerou atraso na abertura da estação da Luz. A Linha 11-Coral, de Guaianases até a Luz, começou a operar às 5h30 e funciona normalmente naquele trecho.

“Estamos fazendo todo o esforço para que as linhas da CPTM voltem a circular ainda hoje”.