Chamamento público para reforma e ampliação de 300 mil m² do Complexo do Anhembi foi lançado em maio e prevê investimentos da iniciativa privada de R$ 1,5 bilhão
A Prefeitura de São Paulo divulgou nesta quarta-feira (17) a relação de 18 empresas interessadas que se cadastraram no chamamento público para revitalização e modernização do Complexo do Anhembi, lançado no último dia 19 de maio. Das 18 empresas cadastradas, quatro já receberam a autorização da São Paulo Turismo (SPTuris) para realizar estudos de modelagem de negócio e projetos arquitetônicos para o espaço, que é o maior centro de eventos da América Latina, com mais de 300 feiras e exposições e 6 milhões de visitantes anualmente. As outras 14 empresas interessadas terão prazo de cinco dias úteis a partir desta quinta-feira (18) para apresentarem documentações complementares.
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A lista foi publicada no Diário Oficial da Cidade (DOC) e tem, na maioria, empresas de engenharia, arquitetura e organizadoras de eventos. Assim que autorizadas, elas têm 90 dias para apresentarem os estudos, que serão analisadas pela SPTuris, antes da abertura da licitação. O objetivo é buscar projetos para a reforma e ampliação da atual área de eventos, a instalação de sistemas elétrico e de climatização de padrão internacional, estruturas modulares para eventos simultâneos e infraestrutura moderna de tecnologia da informação. A interligação com o transporte coletivo também deverá estar contemplada. Uma das alternativas poderá ser uma ligação por trem elevado ou VLT, capaz de transportar 15 mil pessoas por hora, em um trajeto de pouco mais de um quilômetro entre o complexo e a estação Tietê do Metrô.
A área que é objeto do chamamento tem quase 300 mil m² (no total, o Anhembi tem cerca de 400 mil m²) e compreende o Pavilhão de Exposições (76 mil m²), que deverá ser reformado, o Palácio de Convenções do Anhembi, o Auditório Elis Regina e o estacionamento. O Polo Cultural e Esportivo Grande Otelo (Sambódromo) não será incluído. Apesar de o Anhembi ser tombado pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp), não há impedimentos para a reforma.
Outros projetos
Em janeiro deste ano, foi lançado um chamamento para outra área do complexo, um terreno de mais de 21 mil m² ao lado da concentração do Sambódromo, que hoje possui apenas parte da sede administrativa da SPTuris. O local poderá abrigar uma arena multiuso indoor para 20 mil pessoas, inédita no país.
As duas iniciativas, somadas ao novo Plano Diretor Estratégico (PDE), à transformação do antigo Clube Tietê em parque e à futura mudança da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), são algumas das diretrizes do projeto municipal do Arco do Tietê, planejado para trazer equilíbrio urbano para São Paulo.