Funcionários da CPTM aceitam proposta e desistem de greve em SP

O Sindicato dos Ferroviários dos trens de São Paulo decidiu em assembleia na noite desta quinta-feira (11/6) aceitar a nova proposta de reajuste salarial e de benefícios da CPTM e assim desistiu da greve que poderia começar na sexta-feira (12/6). Este sindicato é composto por trabalhadores das linhas 7-Rubi e 10-Turquesa.

Por volta das 19h30, o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Central do Brasil (linhas 11-Coral e 12-Safira) também aceitou a oferta da empresa e desistiu do movimento de paralisação. Às 19h50, o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Sorocabana (linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda) também seguiu a decisão dos colegas.

A nova proposta traz reajuste de 8,25% linear para todos os funcionários (6,75% do IPC + 1,5 % de aumento real). Nos benefícios, pela data-base de março vai vigorar correção de 3,4% no vale-alimentação mais 1,6% no vale refeição. Em outubro, o aumento no vale-alimentação chegará a 11,94%, e o vale-refeição, 10%.

Os funcionários almejavam aumento salarial de 9,29% (7,68% do INPC + 1,5% de aumento real), além de igualdade em relação aos metroviários nos valores dos benefícios vale-alimentação, vale-refeição e auxílio materno infantil.

A categoria se reuniu mais uma vez na tarde desta quinta-feira no TRT (Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região) com a desembargadora Ivani Contini e representantes da CPTM. “No tribunal, a desembargadora disse que não ia mais marcar reunião, só julgamento, e lá não haveria melhora nesses benefícios. Não era o que esperávamos, mas deu uma evoluída”, disse Maurício Alves de Matos, vice-presidente do Sindicato dos Ferroviários.

“A categoria, mesmo não atingindo os objetivos, viu melhora nas propostas apresentadas no TRT e resolveu aceitar e encerrar a campanha salarial de 2015”, afirmou o presidente Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de São Paulo (STEFSP) Eluiz Alves de Matos.

“Depois que quase três meses negociando, o limite era esse. Vamos voltar com mais ânimo para a próxima data-base, buscando sempre a igualdade para os ferroviários.” A categoria reúne cerca de 8.500 funcionários, segundo o presidente.

Na semana passada, uma greve parcial dos funcionários fechou quatro linhas da CPTM de manhã à tarde e afetou o transporte de cerca de 500 mil pessoas na região metropolitana.

Engenheiros

O Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (SEESP) também aceitou as propostas da empresa apresentadas na audiência, as mesmas obtidas pelos ferroviários, e resolveu não parar as atividades.

“Estamos satisfeitos parcialmente, porque não foram atendidos todos os nossos anseios. O piso salarial ainda vai ser julgado. A categoria pede 8,5 salários mínimos, o que representa R$ 6.698, que é o valor de lei. O tribunal deu um prazo de dez dias para a empresa se pronunciar e ela disse que aguarda (posicionamento de) órgãos do governo para liberar”, afirmou o diretor-adjunto do sindicato Feres Amin.

Segundo Amin, aproximadamente 400 engenheiros fazem parte do quadro da companhia.