Ferroviários decidiram suspender a greve iniciada na madrugada desta quarta-feira (3) em São Paulo. Quatro das seis linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) foram afetadas.
As linhas 7-Rubi, 10-Turquesa, 11-Coral e 12-Safira voltaram a funcionar normalmente nesta tarde. Uma nova audiência entre a companhia e os sindicatos dos Ferroviários de São Paulo e dos Trabalhadores da Central do Brasil acontece no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) no dia 11.
No início da manhã, ficaram paradas totalmente as linhas 12 Safira (Brás/Calmon Vianna) e 10 Turquesa (Brás/Rio Grande Da Serra). Funcionaram parcialmente, com número reduzido de trens, a 7-Rubi (Luz, Francisco Morato, Jundiaí) e 11-Coral (Luz, Guaianases, Estudantes). Seguiram normais a 8-Diamante (Júlio Prestes-Itapevi) e a 9-Esmeralda (Osasco-Grajaú).
A estimativa é que 1 milhão de passageiros tenham sido afetados pela greve. Muitos passageiros se uniram para dividir carona em táxis e carros particulares.
O rodízio de veículos foi mantido. A São Paulo Transporte (SPtrans), da Prefeitura, reforçou as linhas de ônibus que fazem o percurso da CPTM, como se fosse horário de pico durante toda a manhã. O sistema Paese (para situações emergenciais) não foi acionado.
CPTM
A CPTM encaminhou ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT) pedido de abusividade da greve, aplicação de multa e julgamento de dissídio. Segundo o governo, a paralisação é ilegal porque não atendeu uma liminar que definia o mínimo de 90% do efetivo de maquinistas em horário de pico e de 70% dos trabalhadores das demais atividades em caso de greve.
O desembargador Wilson Fernandes, vice-presidente judicial do TRT, determinou que, se os sindicatos descumprissem a ordem, levariam multa diária de R$ 100 mil.
Em nota, a CPTM afirma que considera “irresponsável” a decisão dos dois sindicatos. “Embora respeite o direito de greve, a CPTM ressalta que a paralisação do sistema prejudicará quase 3 milhões de usuários que utilizam diariamente a rede da CPTM para chegar ao trabalho, a escola, ao médico, a rede hospitalar, entre outros inúmeros compromissos assumidos.”
Os engenheiros que trabalham na companhia informaram que a categoria não aceitou a proposta oferecida pela empresa e que está em estado de greve. Ao contrário dos ferroviários, os engenheiros decidiram, porém, continuar trabalhando. Eles vão aguardar nova rodada de negociações no dia 11 de junho.
Fonte: G1