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sexta-feira, março 29, 2024

Com greve na CPTM, usuários se unem para lotar táxis e ‘rachar’ a conta

A greve dos ferroviários em quatro das seis linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos levou os passageiros prejudicados a se juntar para dividir carona em táxi ou carros particulares para conseguir chegar ao trabalho na manhã desta quarta-feira (3). Cerca de um milhão de passageiros foram atingidos pela paralisação.

A doméstica Francisca Tita, de 37 anos, teve que improvisar para conseguir ir de Ferraz de Vasconcelos, na Grande SP, até Guaianases, na Zona Leste. “Como não tem trem eu peguei táxi com outros vizinhos para chegar até aqui. A gente se juntou em quatro e cada pessoa pagou R$ 6”, contou ela que tentava ir até o Hospital Santa Marcelina para passar por uma consulta médica.

A atendente Ana Graziele dos Santos de 25 anos também precisou de carona para ir de Guaianazes ao trabalho em Ferraz de Vasconcelos. “Vou ver se alguém pega um carro para a gente chegar até a loja, não temos condições de chegar lá porque só temos o vale transporte.”

Reginaldo Ferreira de Lima, de 40 anos, está desde 7h esperando na estação Francisco Morato. É segurança no bairro Itaim Bibi, em São Paulo. Ele presenciou a confusão cedo. “Teve bala de borracha, bomba, teve um senhor que saiu machucado com um tiro no rosto. É toda vez isso, na última greve colocaram fogo.”

Transplante de córnea

Depois de esperar dois anos na fila para um transplante de córnea, o editor de vídeo Fábio Batista dos Santos, que mora em Suzano, quase perde o procedimento por causa da greve da CPTM nesta quarta. Ele só conseguiu chegar ao hospital depois de ser transportado pela própria Polícia Militar até uma estação do Metrô.

A cirurgia foi marcada para esta quarta-feira em um dos hospitais particulares mais renomados da capital. No entanto, ao chegar às 6h na estação de trem de Suzano, Santos encontrou a porta fechada por conta da paralisação.

“Eles me ligaram na semana passada para fazer os exames necessários para a cirurgia. Depois, marcaram o procedimento para hoje. Quando cheguei na estação pensei ‘Meu Deus do céu o que vou fazer?’”, contou Santos.

Por volta das 8h, Santos decidiu ligar para o Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) e pedir ajuda para chegar até a estação Itaquera do Metrô.

“Expliquei meu problema e o atendente disse ‘nós vamos te ajudar’ e mandou eu esperar em frente à estação”, disse.

Uma logística foi montada. Os policiais de Suzano deixarem Santos no limite de Ferraz de Vasconcelos com Guaianazes. Daí em diante, ele foi transportado pelos PMs do 48º até a estação Itaquera do metrô. Ele também precisou utilizar o sistema de ônibus para chegar até o hospital. Por volta das 10h40, Santos entrou na cirurgia para realizar o transplante.

A lesão de Santos foi causada após um acidente quando criança. Ele contou que bateu a testa, rompendo a córnea do olho esquerdo. Atualmente, ele afirmou ter apenas 10% de visão neste olho. “Foi muita luta e, se não fosse a ajuda do pessoal da PM, eu não conseguiria chegar”, falou.

Fonte: G1

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    Paulistano, empresário, aquariano e prestativo. É apaixonado pelos temas marketing digital, mobilidade urbana, recursos humanos e empreendedorismo. É o criador dos sites de mobilidade do Grupo PLN. Quer entrar em contato com o Eduardo? Conecte com ele no LinkedIn ou envie um e-mail para eduardo@mobilidadesampa.com.br.

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