A capital amanheceu com 8 milhões de veículos, incluindo carros, ônibus, caminhões e motos. O número é uma projeção feita a partir de dados do Detran.SP e da média diária de aumento da frota no ano.
No mês de abril, último dado divulgado pelo órgão estadual, eram 5,69 milhões de carros – e um total de 7,98 milhões de veículos. A cidade tem hoje 11,5 milhões de habitantes, segundo a Fundação Seade, o que corresponde a 2,02 pessoas por carro.
Para o professor da FEI (Fundação Educacional Inaciana) Creso de Franco Peixoto, o número mostra um excesso no uso do transporte particular. Ele alerta que as ruas não comportam o aumento constante desse número. A cidade tem atualmente cerca de 17 mil km de vias. No ano passado, a média dos picos de congestionamentos alcançou a marca de 146 quilômetros de filas.
Para Sérgio Ejzenberg, especialista em transportes, o metrô é o único meio de transporte capaz de atender a demanda da capital.
Em março de 2011, a frota chegou a 7 milhões de veículos. Naquele mês, havia 70,6 km de metrô. Hoje, com 1 milhão de veículos a mais nas ruas, a rede cresceu apenas 8 km. Na avaliação de Sérgio Ejzenberg, seriam necessários 500 km para dar conta da demanda.
No entanto, essa expansão parece cada dia mais distante. Neste ano, foram adiadas as entregas de estações nas linhas 4-Amarela, 5-Lilás e 17-Ouro. A Secretaria de Transportes Metropolitanos diz que há sete linhas em obras. Elas somarão 121 km à rede. Segundo a Pasta, 7,7 milhões de passageiros são transportados por dia em 339 km de trens e metrô.
Ônibus
Para Creso de Franco Peixoto, as faixas exclusivas de ônibus e as ciclovias, medidas da prefeitura para incentivar o uso do transporte público, não são soluções. Desde 2013, foram implantadas 476 km de faixas exclusivas e 2 km de corredores exclusivos. A promessa é entregar a cidade com 150 km em 2016.
* Com informações do Metro Jornal