Protesto de professores fecha cinco rodovias paulistas e causa lentidão

Professores da rede estadual fizeram, na tarde desta quinta-feira (9), protestos em ao menos cinco rodovias paulistas. Houve bloqueios na Anchieta, na Régis, Ayrton Senna, na Raposo Tavares e no trecho leste do Rodoanel. Todas as estradas, porém, foram liberadas no início da noite.

Os professores, que estão em greve, decidiram durante a última assembleia da categoria, na semana passada, fazer manifestações em rodovias importantes de São Paulo.

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Segundo a concessionária responsável, a Ayrton Senna foi fechada totalmente no km 34, na região de Itaquaquecetuba (na Grande SP), sentido interior. Cerca de 250 professores participaram do ato no local, que durou quase duas horas. Por volta das 19h40, ainda havia 12 km de filas no local.

Já na Anchieta, a pista sentido São Paulo foi fechada por cerca de 30 minutos no km 21, na região de São Bernardo do Campo (na Grande SP), também devido ao protesto. O total de professores no local não foi informado pela concessionária, mas houve lentidão e foi montado um desvio para a Imigrantes durante o ato. Às 19h40, havia 5 km de filas no local, mas segundo a concessionária já era considerado causado pelo excesso de veículos.

O Rodoanel também ficou fechado por cerca de 50 minutos na tarde desta quinta devido ao protesto de professores. Segundo a concessionária responsável, um grupo de cerca de 60 docentes interditou a pista sentido Régis, na altura do km 20, na região de Carapicuíba (na Grande SP), até as 16h50.

Na Régis, professores fecharam por cerca de 20 minutos a pista sentido Curitiba, no km 281, em Embu das Artes (na Grande SP). Por volta das 19h40, ainda havia 3 km de lentidão no local.

Já na Raposo Tavares, o bloqueio durou em torno de 40 minutos e aconteceu no km 12, já na chegada a capital paulista. Segundo o DER (Departamento de Estradas de Rodagem), o grupo caminhou até entrar na cidade de São Paulo.

Além das rodovias, a Polícia Militar afirmou ter registrado protestos de professores também na capital paulista. Eles aconteceram na avenida Padre José Maria, em Santo Amaro (zona sul), e na avenida Jacu-Pêssego, próximo da estação Dom Bosco (zona leste).

Na sexta-feira (10), os professores deverão fazer um novo protesto na frente do Palácio dos Bandeirantes, na região do Morumbi, onde decidirão qual será o andamento da paralisação.

A categoria, que está parada desde o último dia 16, reivindica reajuste salarial de 75,33%. Segundo o sindicato, o percentual pedido visa a equiparação salarial com as demais categorias com formação de nível superior –o piso dos professores estaduais é de R$ 2.415,89.

A data-base dos professores é em março, mas, segundo o sindicato as negociações estão paradas. A categoria diz que a paralisação tem a adesão de 78% dos professores, enquanto a Secretaria de Educação afirma que 92% dos profissionais continuam comparecendo normalmente às aulas.

A secretaria afirmou em nota que “não pode pactuar com o movimento que tem incitado os pais a não levarem seus filhos às unidades escolares para inflar a paralisação”. A pasta disse ainda que, ao longo de quatro anos, a categoria teve aumento de 45% em seus salários.

O Estado possui cerca de 5.300 colégios, 230 mil professores e 4 milhões de alunos.

Fonte: Folha de São Paulo