Ato em São Paulo contra as terceirizações é encerrado pacificamente na Praça da República

Terminou na Praça da República, por volta das 14h, o ato convocado por centrais sindicais pelo Dia Nacional de Luta em Defesa dos Trabalhadores, na capital paulista. Na agenda de reivindicações do protesto está a posição contrária ao projeto de lei que libera a terceirização para todas as atividades de uma empresa. A matéria está na pauta da Câmara dos Deputados para apreciação em plenário na sessão desta terça-feira (7). Os manifestantes incluíram no ato desta terça-feira a defesa da democracia, dos direitos trabalhistas, da Petrobras, o combate à corrupção, além das reformas política, agrária e da comunicação.

“Caso este projeto que libera a terceirização seja aprovado, ele vai desregulamentar as relações de trabalho no Brasil. Os trabalhadores que hoje estão contratados pela CLT [Consolidação das Leis do Trabalho] vão perder o seu vínculo empregatício e, certamente, passarão a ter vínculo pelo contrato de pessoa jurídica. Não terão carteira assinada, férias, Fundo de Garantia”, ressaltou o presidente estadual da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Adi Santos Lima. Segundo ele, em média, o trabalhador terceirizado ganha 30% menos do que o vinculado à empresa que contratou o serviço.

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A Polícia Militar (PM) estima que 200 manifestantes estiveram na caminhada que saiu da sede da Secretaria Estadual de Saúde, na Avenida Doutor Enéas de Carvalho Aguiar, por volta das 11h20. O grupo saiu em caminhada pela Rua da Consolação em direção ao centro da capital paulista. Além da CUT, participaram do ato integrantes da Central de Movimentos Populares (CMP) e de sindicatos e coletivos ligados à saúde. Ao final do protesto, a organização não estimou o número de participantes.

Adi Lima explicou que parte das categorias ligadas à CUT que estariam no ato em São Paulo foram de ônibus para Brasília a fim de pressionar parlamentares a votarem contra o projeto de lei. “Foi uma decisão da CUT nacional. Só a minha categoria, que é a dos metalúrgicos, mandou seis, sete ônibus”, disse ao justificar o menor número de pessoas neste ato em relação ao que ocorreu no dia 13 de março, quando 100 mil participaram, segundo a organização.

Os manifestantes também reivindicaram o fim da terceirização da saúde no estado. Adão do Carmo, representante do Movimento Popular de Saúde, criticou os serviços de oferecidos à população. “A gente vive um dos piores momentos, a saúde está totalmente sucateada. Não tem mais funcionário público, a maioria é prestador de serviço, de forma desordenada”, avaliou.

Fonte: Metro Jornal