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sexta-feira, março 29, 2024

Congelar tarifa de ônibus deve custar R$ 1 bilhão a João Doria e comprometer obras

O congelamento da tarifa dos ônibus em 2017 previsto pelo prefeito eleito João Doria deverá provocar um custo adicional ao caixa da Prefeitura de São Paulo de R$ 1 bilhão, valor suficiente para construir 30 km de corredores exclusivos para coletivos.

O cálculo feito por técnicos municipais se deve à evolução dos custos do serviço de ônibus no ano que vem, que, pela proposta orçamentária enviada pela gestão Fernando Haddad à Câmara Municipal de São Paulo, deveria ser coberta pelo reajuste da tarifa.

Sem aumento da passagem, uma fatia maior dos gastos do sistema de transporte tende a ser bancada pelo dinheiro dos cofres municipais – subsídio que é repassado às viações de ônibus para cobrir a diferença entre aquilo que os passageiros pagam e os custos reais do serviço.

A prefeitura arrecada hoje perto de R$ 5,3 bilhões por ano com a tarifa, mas a quantia repassada às empresas pelo serviço prestado ultrapassa R$ 7 bilhões – porque independe do valor da passagem cobrada dos usuários, conforme as regras contratuais.

Se em 2016 essa diferença coberta com subsídios será de pouco mais de R$ 2 bilhões, em 2017, sem atualização da tarifa de ônibus, ela pode ultrapassar R$ 3 bilhões.

Esse gasto extra é suficiente para construir os corredores Itaim Paulista-São Mateus (zona leste), que inclui um terminal de ônibus, e Bandeirantes-Salim Farah Maluf (zona sul), que, juntos, somam 32 km por cerca de R$ 1,1 bilhão.

A diferença entre os custos e a arrecadação do serviço de ônibus é acentuada pela expansão de passageiros que viajam de graça. São as gratuidades, totais ou parciais, oferecidas a idosos acima de 60 anos, deficientes, desempregados e estudantes. O passe livre para alunos de baixa renda, por exemplo, foi implantado na gestão Haddad.

Pesa também nessa conta os benefícios do Bilhete Único, que permite a qualquer passageiro realizar baldeações gratuitas ou integração com a rede de trens do Metrô e da CPTM com desconto.

Se não houvesse nenhum tipo de subsídio do caixa da prefeitura, a tarifa teria um custo real superior a R$ 5 para compensar as gratuidades e quitar os gastos do serviço.

* Com informações do jornal Folha de São Paulo

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