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sexta-feira, abril 19, 2024

Especialista sugere mais grades e espelhos na ciclovia do Minhocão

Aposentado morreu após ser atropelado por ciclista debaixo do elevado.
Prefeitura de SP vai analisar inquérito para tomar qualquer medida.

A reportagem do jornal SPTV da TV Globo foi nesta quinta-feira (20) ao Minhocão na companhia de um cicloativista para mostrar algumas alternativas para melhorar a segurança da ciclovia instalada no canteiro central sob o elevado. Na segunda-feira (17) um aposentado morreu ao ser atropelado por uma bicicleta que buscava o acesso à ciclovia.

O cicloativista Augusto Machado aponta algumas mudanças que poderiam contribuir para melhorar na segurança. Uma delas seria instalar as grades de proteção ao longo de toda a ciclovia.

“Se essa grade movesse um pouco para esquerda e ela fosse separando a ciclovia ao longo de todo o trajeto já diminuiria o risco de acidente”, afirma. “Elas tinham que em vez de estar encostadas no meio-fio, tinha que beirar a ciclovia, também tinha que ser ao longo da ciclovia inteira.”

Além disso, se a ciclovia estivesse toda protegida por grades, quem desce do ônibus não invadiria o espaço que é exclusivo dos ciclistas. “Eu cruzo a ciclovia ao descer do ônibus porque não tem grades protegendo”, diz uma passageira.

Alguns espelhos retrovisores foram instalados na região para permitir a ciclistas e pedestres que tenham uma visão melhor em alguns “pontos cegos”, como na esquina da Avenida São João com a Alameda Nothman. Eles foram colocado perto de pilastras em um lugar muito movimentado para facilitar a visualização de quem está de bicicleta ou a pé. “Estes espelhos ajudam muito”, diz o especialista.

Mas no trecho onde o aposentado Florisvaldo Carvalho da Rocha, de 78 anos, morreu ao ser atropelado por um ciclista não existe espelho. Testemunhas disseram que o ciclista Gilmar Alencar seguia pela ciclovia quando atingiu o idoso. O ciclista, no entanto, afirmou que o atropelamento aconteceu fora da ciclovia, na faixa de ônibus da Avenida General Olímpio da Silveira.

Não estava na ciclovia, estava na rua. Ia acessar a ciclovia. Estava fazendo a trajetória da pista e o impacto se deu na rua, na faixa de ônibus, um pouco antes do acesso da ciclovia o canteiro a 50 metros”, disse.

‘Pilastra prejudicou minha visão’

Para o ciclista, a pilastra pode ter impedido que o idoso enxergasse a bicicleta e levado a vítima a atravessar a rua bem em frente ao seu trajeto. “Ele caiu na rua. Caímos os dois. Então o coloquei na calçada, perto da ciclovia, para poder prestar socorro”, afirmou. “A pilastra prejudicava minha visão da calçada, mas quem provavelmente ficou prejudicado foi o pedestre, que não me viu e se pôs na minha frente.”

O prefeito Fernando Haddad afirmou nesta quarta-feira (19) que vai esperar a investigação da polícia sobre o atropelamento e morte de um idoso na região da ciclovia do Minhocão, no Centro de São Paulo, para tomar qualquer medida.

“Inquérito serve pra isso. Nós vamos verificar exatamente o que aconteceu, tecnicamente, e reportar à CET para a tomada de providência, se for o caso”, afirmou Fernando Haddad.
“Obviamente vamos acompanhar o inquérito para saber o que aconteceu. São cerca de 3 a 4 mortes por dia na cidade de São Paulo. Já vi acidentes no Parque Ibirapuera entre ciclistas e pedestres”, completou.

O delegado solicitou à Polícia Técnico-Científica um laudo técnico sobre a dinâmica do atropelamento para avaliar se as pilastras teriam, de fato, influenciado o incidente. A Polícia Civil também busca câmeras de segurança para obter detalhes sobre o atropelamento.

Neste trecho a ciclovia faz uma curva e obriga o ciclista a frear bruscamente, como mostram as marcas de pneus na pista (Foto: Marcio Pinho/G1)

Fonte: G1

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    Eduardo Paulinohttps://eduardopaulino.com
    Paulistano, empresário, aquariano e prestativo. É apaixonado pelos temas marketing digital, mobilidade urbana, recursos humanos e empreendedorismo. É o criador dos sites de mobilidade do Grupo PLN. Quer entrar em contato com o Eduardo? Conecte com ele no LinkedIn ou envie um e-mail para eduardo@mobilidadesampa.com.br.

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